Foto: Beatriz F Milioli
Calopsitas
podem ser criadas em gaiolões de 1,0 X 0,5 X 05 metros para um casal.
Pode ser colocado um ninho de madeira do lado de fora ( com um tamanho aproximado
de 20 X 20 cm de frente com entrada redonda e 35 cm de comprimento). Atualmente
encontram-se à venda ninhos prontos para calopsitas. Porém muitas
vezes eles não têm a qualidade ou atendem às nossas necessidades.
Nestes casos devemos ou fabricá-los ou encomendá-los a quem
os faça. Alguns criadores recomendam a instalação de
2 poleiros de diâmetros diferentes . Há aqueles que adotam poleiros
que contém uma lixa fina na parte inferior do poleiro. Desta forma
as unhas das aves são automaticamente 'lixadas', evitando problemas
de excesso de comprimento. Algumas aves, porém, podem acabar tendo
uma espécie de 'alergia' nas patas. Desta forma vale a pena observá-las
quanto a isto. Nas limpezas das gaiolas nunca devemos esquecer de, também,
limpar os poleiros.
Os gaiolões
devem ser preferencialmente retangulares ( evite os de formato arredondado
) e de arame ( nunca de madeira - as calopsitas adoram roer madeira ) . Mesmo
o arame deve ser visto como um item à parte de forma a facilitar sua
limpeza. Deve-se optar por arames galvanizados ou, melhor ainda , os encapados
que podem mais facilmente ser limpos ( embora saiam mais caro) . Estes gaiolões
devem ser instalados em um quarto ou outra dependência ventilada sem,
entretanto, ter correntes de ar. As correntes de ar, sobretudo em tempos mais
frios, são um enorme problema para aves. Preferencialmente deve-se
posicionar os gaiolões de forma a que possam receber o sol da manhã.
A exposição ao sol é necessária para as aves da
mesma forma que para os humanos. Caso os gaiolões acabem ficando muito
tempo expostos ao sol ( problema sobretudo no verão ) é de bom
senso fornecer anteparos que criem sombras e possam, assim, proteger as aves
da exposição excessiva. O melhor a fazer é deixar a própria
ave ter a opção de escolher a exposição que mais
lhe convém. Não esquecer de fornecer bebedouros, comedouros
e uma 'banheira' para as aves. Atentar para estas banheiras. Retirá-las
o mais breve possível após o seu uso pois as aves podem vir
a beber desta mesma água e ter problemas de saúde. Deixar espaço
para fornecer as demais alimentações como milho, verduras, frutas,
legumes, farinhada.
Viveiros
podem ser criados tendo como padrão o tamanho de 3 X 1 X 2 metros para
um casal. O viveiro pode ser composto de tijolos de barro rebocados ou blocos
de cimento revestidos com argamassa ou placas de cimento. A cobertura pode
ser efetuada com telhas de cerâmica preenchendo de 1/3 a 1/2 do teto.
Deve ser dada atenção sobretudo à proteção
dos comedouros, bebedouros e dos eventuais ninhos. A tela utilizada pode ser
de 1/2 polegada e fio 18. O piso pode ser de concreto com ligeira queda e
saída para escoamento das águas. Não devemos nos esquecer
dos poleiros, vasilhas de barro ou louça e da destinação
de uma para que possa ser utilizada como 'banheira' pelas aves ( vide o item
acima dos gaiolões, o mesmo processo se aplica aqui). Algumas pessoas
decidem trocar os poleiros convencionais por arbustos ou pequenas árvores,
fornecendo um visual melhor e mais naturalidade para as aves. Nestes casos
devemos conhecer a flora que estamos fornecendo para nos assegurarmos que
não irá dar problemas com as aves. Lembre-se sempre que as aves
bicam praticamente tudo). Da mesma forma que os gaiolões os viveiros
devem ser dispostos de forma a receber o sol da manhã ( tendo os já
comentados anteparos ) . Podemos proteger os viveiros dos ventos por paredes,
quebra-ventos, cercas vivas. Em casos de necessidade pode-se instalar um revestimento
de plástico resistente e retrátil. Mas atentar que as aves podem
fazer um grande estrago neste revestimento. Daí a necessidade de ser
retrátil e utilizar apenas quando necessário. Da mesma forma
elas podem mesmo comer parte da parede ou mesmo do concreto (!). Isto é
normal e não acarretará problemas a suas aves, apenas ao seu
bolso .
NOTA:
Não nos devemos esquecer da higiene necessária ao ambiente em
que as aves irão ficar. Devemos regularmente desinfetar gaiolas, ninhos,
bebedouros, comedouros, tudo que se refere às aves. É aconselhável
a limpeza utilizando produtos especialmente destinados a isto como, por exemplo,
Kilol-L . Utilizar sempre os produtos que são facilmente degradáveis
e que agredirão o mínimo possível suas aves. Uma intoxicação
da ave por produtos químicos que normalmente usamos em casa podem ser
fatais mesmo com um contato mínimo. Infelizmente isto nem sempre é
adotado pelo criador. As aves acabam morrendo sem causa aparente e sem que
o criador tenha a mínima noção do problema.
NOTA:
Não utilizar jornais nas forragens em gaiolas.
Jornais são impregnados com chumbo e já tivemos notícias
de diversos criadores que tiveram suas aves mortas por esta intoxicação.
Utilizar papel pardo ou rosado em seu lugar. Ou então se utilizar das
serragens que normalmente são vendidas em petshops. Além de
representar um risco bem menor a serragem proporciona melhor absorção
da umidade e, em consequência, acaba gerando menos odores ruins ao ambiente.
Procure utilizar serragens de florestas replantadas, se possível. Atualmente
o custo da compra de serragem em lugar de jornais acaba saindo mais em conta
do que os próprios jornais.
Apenas
para finalizar : estamos falando sobre gaiolas e viveiros para calopsitas.
Mas e quem tem calopsitas mansas ? Como fica a questão das gaiolas
? Bom, há diversas aproximações ao assunto. Uma delas
é fornecer apenas uma gaiola como referência para ter onde colocar
água, comida, ter um poleiro, lugar para dormir. Uma calopsita mansa
não necessitaria, obrigatoriamente, de uma gaiola. Alguns criadores
apontam que a gaiola, para estas aves, funcionaria mais como um item para
que se sintam seguras caso estejam assustadas. Existem no mercado as gaiolas
'abertas' que se destinam a papagaios e calopsitas ( vide imagem acima ) .
Elas podem ser uma boa opção para aves amansadas. As aves que
possuo, caso fiquem fechadas em uma gaiola, acabam por ficar estressadas e
por vezes tentam sair pelo vão dos arames. Isto poderia propiciar um
ferimento, no mínimo. Possuo uma gaiola e as minhas calopsitas dormem
EMCIMA da gaiola. Outros criadores deixam as aves presas durante o dia e as
soltam quando chegam do trabalho. Tudo depende, na verdade, da rotina, dos
ajustes, das necessidades e da adaptação entre o criador e sua
ave. Se elas são acostumadas desde pequenas a ficar em gaiola e somente
saírem quando há pessoas na casa acabam se acostumando a isso.
Se são acostumadas a ficar sempre soltas forçá-las de
uma hora para outra que fiquem em gaiolas pode ser algo perigoso. Leve isto
em consideração quando decidir que estratégia de criação
vai adotar com suas aves.
Para fazer brinquedos ou poleiros com galhos naturais se deve tratar os galhos.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=mGVmZunUhBY
Sim sim
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