terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Doenças :


Quando falamos de doenças em calopsitas na verdade falamos de doenças em aves. Desta forma vamos comentar algumas das principais doenças que podem ocorrer em aves e, em especial, em calopsitas.
Devemos, antes de mais nada, lembrar que doenças podem ser originárias de uma infinidade de fatores : Podemos já ter adquirido uma ave doente; Podemos ter adquirido uma ave doente (sem sinais exteriores) e esta ave ter contaminado nossas outras aves; Podemos ter uma ave estressada o que diminui sua resistência e, consequentemente, favorece o aparecimento de doenças; Podemos estar efetuando uma alimentação inadequada das aves e, desta forma, reduzindo sua resistência a doenças; Podemos estar fornecendo uma higiene precária o que favorece o aparecimento de doenças as mais diversas; As aves podem ter tido contato com aves livres ( pardais, rolinhas ) que, por sua vez, acabam trazendo alguma doença. Isto ocorre principalmente em viveiros que ficam mais expostos a eventuais contatos externos; Podemos estar fornecendo algum agente contaminante sem que percebamos à primeira vista ( por exemplo : deixando jornais ao alcance dos bicos das aves o que acaba por intoxicá-las e matá-las ). Poderíamos continuar neste exercício de pensamento por um bom tempo. Chances não faltam para que uma ave possa contrair algum tipo de doença e mesmo vir a falecer. O que temos que ter consciência é que, em qualquer um dos casos acima mencionados, a responsabilidade quase sempre é nossa. Ou por ignorância ( no bom sentido, no sentido de não conhecermos melhor algo) ou por falta de preocupação e cuidados com as aves. Naturalmente que temos os problemas vindos de fora ( exógenos ) . Mas mesmo nestes podemos minimizar os eventuais problemas que possam vir a aparecer. Então, ao invés de irmos logo falando sobre doenças vamos comentar sobre alguns aspectos de profilaxia e proatividade que vão, com certeza, diminuir as chances de termos problemas com doenças.
Ao adquirir uma ave preste atenção nela. Uma ave saudável deve ser ativa. Procure ver se está se alimentando normalmente. Veja se os olhos dela estão bem abertos, limpos. Observe o aspecto geral das penas. Uma ave 'sapeca' normalmente é uma ave com saúde. Procure também observar o aspecto de baixo das aves, perto da cloaca (sim, o bumbum da ave!) . Uma ave saudável possui esta região limpa e seca. Caso a ave tenha esta região faltando penas, inchada ou suja de fezes isto quase sempre significa doenças com certa gravidade. Lembrar que quando compramos filhotes eles podem ainda estar emplumando e, portanto, estar faltando o desenvolvimento geral das penas. Mas os demais aspectos ainda devem ser observados. Note se as penas próximas aos olhos se encontram faltando ou como se estivessem 'molhadas' em uma direção específica. Isto pode demonstrar problemas.
 Mantenha sua ave recém-adquirida em quarentena. Procure ter uma gaiola própria para isso. Deixe a ave separada em média de 20 a 30 dias. Neste período observe o comportamento geral da ave e note se alguma doença se manifesta. Caso você não faça isto e coloque a ave diretamente com as outras pode ser que introduza alguma doença que venha, posteriormente, a dar grandes problemas e mesmo ocasione óbitos. Se possível procure dar vermífugo a esta ave, conforme sua bula.
Filhotes são uma caso especial à parte pois exigem maiores cuidados e atenção. Antes de adquirir um filhote procure observá-lo. Verifique as condições das asas. Filhotes normalmente não estão totalmente emplumados. Mas o aspecto geral da ave deve dar uma possível dica de sua saúde. Se possível veja se o filhote é alimentado e aceita a papinha normalmente. Os olhos deve estar limpos e límpidos. Lembre-se que filhotes dormem mais mas aves demasiadamente paradas podem indicar problemas. Procure afagá-las. Ela deve reagir ao seu toque, normalmente se afastando pois não o(a) conhece. Caso a ave não reaja a este toque fique de sobreaviso. Algumas podem olhar para você e pedir comida, emitindo um chiado característico. Isto é bom sinal. Levante-a e olhe detidamente seu traseiro ( conforme anteriormente mencionado ) . Deve estar limpo, sem fezes grudadas, aspecto inchado ou úmido. Observe se a ave dorme e, ao respirar, acaba movendo seu rabo como que compensando o respirar. Procure ouvir sua respiração e notar se há algum chiado. Colocando a ave em seu dedo ela deve agarrá-lo com firmeza. Pode mesmo querer bicá-lo, o que também é bom sinal. As penas da ave devem estar todas normais, sem respingos de sangue.
Higiene é a palavra de ordem. Adquira o hábito de sempre limpar gaiolas, comedouros, bebedouros. Águas devem ser trocadas diariamente ou mais de uma vez se constatado que se encontra suja. Procure utilizar água filtrada e fervida. Para as limpezas utilize produtos específicos animais para que não haja intoxicação indevida.
Já foi comentado mas vale a pena reforçar : nunca utilize jornais na forragem das gaiolas. O chumbo que está presente nas tintas dos jornais é altamente tóxico para as aves. Utilize papéis pardo ou rosado ou ainda serragem.
Evite o contato de suas aves com aves selvagens. Elas podem trazer inúmeros problemas como, por exemplo, piolhos. Basta que fiquem em cima de uma gaiola ou um viveiro para que alguns piolhos caiam dela e acabem infectando seu plantel.
Forneça uma alimentação variada para sua ave. Forneça variedade em grãos, além de verduras, frutas e legumes. Não se esqueça do milho verde cru. Pão velho ou torrada ( pães normais, sem aditivos ) também deve ser oferecido.
Utilize-se de vermífugos de forma regular, sobretudo se pretende tirar filhotes. Existem também produtos anti-coccidiostáticos que podem ser oferecidos de forma preventiva, conforme a bula.
Uma ave bem alimentada , dispondo de variedade na alimentação, com água sempre fresca e potável e a higiene adequada dificilmente necessitará de remédios e veterinários. Os custos e trabalhos com estes itens podem acabar poupando dinheiro a médio e longo prazos. Pense nisso.
Uma das melhores ferramentas para se manter a saúde das aves é a INFORMAÇÃO . Procure ler o mais que puder sobre suas aves. Participe de fóruns de discussões, mantenha-se sempre atualizado(a) .
Faça da OBSERVAÇÃO uma ferramenta a mais na sua criação. Utilize diariamente um tempo para observar todas as aves. Procure por comportamentos que mudam, fezes que se alteram, por mudanças dos hábitos das aves. Observe sempre como elas estão, se continuam ativas, se continuam brincando. Qualquer mudança repentina pode significar problemas . Desta forma podemos agir a tempo de efetuar uma cura efetiva. Caso não as observemos podemos apenas notar uma doença em estágio avançado, quando nenhum tratamento mais surtirá efeito.
Calopsitas não gostam de ambientes 'agitados' . Justamente porisso acabam não se dando bem com crianças que, justamente por serem crianças, são afoitas, agitadas. O melhor a fazer é , se for o caso, separá-los. Forçar uma ave numa situação que não lhe é normal pode gerar grande estresse o que, por sua vez, pode desencadear doenças. Sempre se dirija a elas com tom de voz cordial, falando normalmente. Isto gera confiança no relacionamento.
Evite 'ganchos' e cordas em viveiros ou gaiolas. As aves podem ficar presas em ganchos, ferindo-se . Cordas também não são recomendadas pois podem prendê-las, inadvertidamente, e vir a causar problemas fatais.

Brinquedo para a sua Calopsita :


É importante que as calopsitas tenham brinquedos para se distrair,  prefira os de madeira, outra coisa fundamental é um espelho, existem espelhos especias com suporte para por na gaiola, pois com o espelho elas não se sentem sozinhas, os brinquedos e espelhos são bons para distrair exercitar sua calopsita pois elas ficam em gaiolas e isso pode levar a obesidade caso ela não faça exercícios  os espelhos já são mais importantes para aquelas calopsitas que ficam o dia inteiro sozinha, e a solidão pode levar a morte, e são super baratinhos e você mesmo pode fazer,e não tenha perigo para a saúde do seu bichano, e o investimento é pouco.
Para que as calopsitas se exercitem sozinhas como uma caminhada boa é que ela seja mança ou brava mas q a asa cortada, pois ela pode sair da gaiola sem voar. Já com a asa não cortada ela pode fugir e não voltar mas !

Como dar Banho em sua calopsita?

Quando a ave se suja de papinha é preciso paciência e limpar em etapas, pode ser que não saia tudo de uma única vez, dependendo da quantidade da sujeira e do tempo transcorrido. 

A papinha em contato com a água torna-se uma verdadeira "cola", grudando nas penas de uma tal forma que quanto mais tempo demorar para fazer a limpeza, fica mais difícil. 

Lave com muito cuidado (não faça isso imediatamente após o filhote ter se alimentado) penas do peito, da seguinte forma : 

•Ponha água morna numa bacia e deixe sabonete neutro (pode ser do líquido) por perto.
•Pegue um pouco do sabonete na mão, e junte um pouco de água morna e vá passando delicadamente por entre as penas, usando o dedo para desembaraçar. 
•Lave também o bico retirando com os dedos a papinha grudada. Faça isso quando o tempo estiver quente, com sol.
•Seque com uma toalha delicadamente e depois use o secador na temperatura morna e de longe. 
•Evite ao máximo molhar o corpo da ave, se restringindo mais às penas no momento da limpeza. Não se preocupe se não sair tudo de imediato. 


Tomando banho:


No mais, a calopsita não precisa de banho : deixe uma banheirinha (existem banheiras específicas para aves à venda em pet shops) para sua calopsita, que ela mesma se encarregará de tomar banho quando sentir vontade!

A calopsita gosta de se banhar, entretanto, ave não acostumada a essa rotina pode não ter interesse e estranhar, o que é considerado normal. você pode borrifá-la levemente, de longe, nos dias quentes e sem vento, com aquele borrifador de plantas sem uso, sem contudo,sem deixá-la muito molhada.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Aparando as asas:

Aparar as penas das asas de seu calopsita é fundamental, pois assim ele não conseguirá levantar vôo. Esta tarefa é rapida e fácil de ser realizada, mas precisa de duas pessoas para fazê-la. Enquanto alguém segura a calopsita e estica uma de suas asas aberta, a outra deve aparar as penas como mostra na imagem. Este processo deve ser realizado mensalmente para que seu amiguinho esteja sempre de asas bem aparadas



sábado, 19 de maio de 2012

Mutações:

No cativeiro foram surgindo mutações de cores variadas, algumas bastante diferentes das observadas na Natureza. A partir de 1949 a espécie começou-se a difundir pelo mundo, com a criação do "silvestre", e em seguida "arlequim" mutação desenvolvida na Califórnia, nos Estados Unidos.
Existem muitas mutações de calopsitas com cores variadas, são elas: Silvestre, Arlequim, Lutino, Canela, Opalina (Pérola), Cara Branca, Prata, Fulvo, Albino (há um padrão albino e não apenas mutações genéticas), Pastel, Prata Recessivo e Prata dominante.

Comportamento de sua calopsita:


O que aconteceria se você se apaixonasse por um (a) estrangeiro (a)? Provavelmente, para não perder seu amor você teria que aprender o idioma dele, porém enquanto não conseguisse aprender, encontraria nos gestos a forma de comunicação. Está certo este raciocínio? Partindo do princípio que sim, eu lhe pergunto: Como entender sua calopsita se ela ainda não pode usar as palavras para se comunicar?  Estamos diante do enígma chamado COMPORTAMENTO.
Vamos tentar desvendar um pouco da linguagem do seu amiguinho?  As formas de comportamento da ave são dicionários, são trilhas para que possamos entender o que se passa com elas.  Vamos ver os sinais?

Asas abertas, cabeça para baixo, bum bum para cima: demonstração de alegria ou “exposição da própria figura” (se mostrando).  Esta atitude quer dizer que sua calopsita deseja “aparecer”, ser notada. Faça com que ela veja que você a notou. Aplauda, diga que as asas dela são lindas, que ela é maravilhosa  e que você a ama. Faça-a perceber seu entusiasmo.

Arrepio nas costas (como se fosse um gato) e um sacolejo após o arrepio: Ela está espantando a tensão.

Berros: Ela pia e grita. Grita alto. Está reclamando. Algo não está como ela quer que esteja, ou ela quer algo que não foi feito, ou seja: está descontente e, provavelmente,  vai gritar até conseguir o que quer. Pode até desistir, porém vai levar dias e dias para desistir. Você deve  descobrir o que a incomoda, ou o que ela deseja e fazer a sua vontade se quiser paz. Pode tentar distrair a atenção dela com algo que ela goste muito de comer. Costumam gritar também por ciúmes, ou para chamar sua atenção para uma situação que ainda nem ocorreu.

Pios baixinhos: Se seu amiguinho deu pios baixinhos em situações especiais preste atenção. Situação 1. Ele está tomando algum remédio, você o medicou à noite e está indo dormir quando ouve seu pio sutil:  esta atitude quer dizer que ele está chamando você de volta, pedindo-lhe que fique com ele, que não o deixe sozinho. Talvez esteja com medo, com dor ou com mal estar e se sente seguro e protegido com sua presença.
Situação 2. Se houve tempestade e trovões fortes. Ele pode estar com medo e quer companhia.
Situação 3. Se há outras calopsitas no mesmo viveiro ou gaiola e alguma está passando mal. Uma delas pode piar (pio mais intenso) para lhe avisar que você deve ir prestar socorro.
Em quaisquer circunstâncias que sua calopsita der pios fora do contexto, fique atento. Provavelmente, ela deseja lhe avisar sobre algum fato.

Stress: A ave está sonolenta (depressão), as penas fechadas mostrando um corpinho esguio (susto), as asas semi-abertas, o topete mais para cima  (susto). Ela não presta atenção em você, está apática, asas caídas ao longo do corpo (depressão ou doença), ou concentrada em algum ponto (susto).
Ela pode ficar estressada após você ministrar alguma medicação à força no bico, após ser manuseada, após ter sido transportada, após ter caído ou após ter passado por situação da qual não gostou. Deixe-a descansar, de preferência na penumbra e no silêncio. Ela pode mostrar os sinais de susto por manuseio, por medo de pessoas ou animais (até por ver o gavião voar ao longe), por medo de objetos e até por medo de tempestades. Procure afastá-la do que causou o medo e o susto.

Cropofagia é o ato de comer as fezes. Se sua calopsita está comendo as próprias fezes, ela está com cropofagia. Mas por que isto acontece?  Acontece com aves mal nutridas que têm o hábito de consumir apenas sementes e que estão com carência de vitamina B. A falta de vitamina B provoca andar inseguro, tonturas, convulsões, cropofagia, etc.  Providência:  Acostume sua ave a comer  verduras e legumes de cor verde escura (couve, brócolis,  jiló, catalônia etc.) e, com certeza, não precisará recorrer a medicamentos.

Agressões a bicadas e canibalismo: A ave agride por causa de medo, para defender seu território, por razões  sexuais ou mudanças hormonais. Se as causas das bicadas são esporádicas, tipo: passou por medo só bicou na hora do ocorrido, não há motivo para preocupação, pois é normal, no entanto uma ave que agride a outra com frequência e com intenção de machucar, matar ou  intenção de arrancar pedaços, aí sim, há motivo para preocupação. Esta ave deve ser isolada e submetida a tratamento. Problemas  de território podem ser corrigidos com florais. Problemas de território é quando a ave acha que manda no viveiro e tenta impedir as demais aves de circularem pelos poleiros mais altos. Ela se posiciona como mandona e pode agredir para ser obedecida. Uma boa forma é colocar a ave numa gaiola separada e deixá-la, alguns minutos,  sozinha em algum cômodo (castigo) para que ela perceba que não manda no espaço, mas não vá esquecê-la por lá, viu?
Quando há evidência de canibalismo (ave que arranca pedaços de outra), deve-se procurar o veterinário com urgência para que  providências sejam tomadas e, se necessário, colocar na ave o “colar elizabetano” até que ela mude o comportamento.

Auto-mutilação: Os fatores  que levam a auto-mutilação podem ser: stress, parasitas, disfunção hormonal, má alimentação. No início a  ave começa a se coçar em excesso, depois passa a arrancar as penas, principalmente as das coxas, do peito e do abdômen. É necessário boa higiene, carinho, vitaminas e consulta com um veterinário para tratar as causas e os ferimentos, usando, talvez, o colar elizabetano como coadjuvante na cura.

Aonde minha calopsita deve ficar?

Viveiro de Calopsitas
Foto: Beatriz F Milioli
Calopsitas podem ser criadas em gaiolões de 1,0 X 0,5 X 05 metros para um casal. Pode ser colocado um ninho de madeira do lado de fora ( com um tamanho aproximado de 20 X 20 cm de frente com entrada redonda e 35 cm de comprimento). Atualmente encontram-se à venda ninhos prontos para calopsitas. Porém muitas vezes eles não têm a qualidade ou atendem às nossas necessidades. Nestes casos devemos ou fabricá-los ou encomendá-los a quem os faça. Alguns criadores recomendam a instalação de 2 poleiros de diâmetros diferentes . Há aqueles que adotam poleiros que contém uma lixa fina na parte inferior do poleiro. Desta forma as unhas das aves são automaticamente 'lixadas', evitando problemas de excesso de comprimento. Algumas aves, porém, podem acabar tendo uma espécie de 'alergia' nas patas. Desta forma vale a pena observá-las quanto a isto. Nas limpezas das gaiolas nunca devemos esquecer de, também, limpar os poleiros.
Os gaiolões devem ser preferencialmente retangulares ( evite os de formato arredondado ) e de arame ( nunca de madeira - as calopsitas adoram roer madeira ) . Mesmo o arame deve ser visto como um item à parte de forma a facilitar sua limpeza. Deve-se optar por arames galvanizados ou, melhor ainda , os encapados que podem mais facilmente ser limpos ( embora saiam mais caro) . Estes gaiolões devem ser instalados em um quarto ou outra dependência ventilada sem, entretanto, ter correntes de ar. As correntes de ar, sobretudo em tempos mais frios, são um enorme problema para aves. Preferencialmente deve-se posicionar os gaiolões de forma a que possam receber o sol da manhã. A exposição ao sol é necessária para as aves da mesma forma que para os humanos. Caso os gaiolões acabem ficando muito tempo expostos ao sol ( problema sobretudo no verão ) é de bom senso fornecer anteparos que criem sombras e possam, assim, proteger as aves da exposição excessiva. O melhor a fazer é deixar a própria ave ter a opção de escolher a exposição que mais lhe convém. Não esquecer de fornecer bebedouros, comedouros e uma 'banheira' para as aves. Atentar para estas banheiras. Retirá-las o mais breve possível após o seu uso pois as aves podem vir a beber desta mesma água e ter problemas de saúde. Deixar espaço para fornecer as demais alimentações como milho, verduras, frutas, legumes, farinhada.
Viveiros podem ser criados tendo como padrão o tamanho de 3 X 1 X 2 metros para um casal. O viveiro pode ser composto de tijolos de barro rebocados ou blocos de cimento revestidos com argamassa ou placas de cimento. A cobertura pode ser efetuada com telhas de cerâmica preenchendo de 1/3 a 1/2 do teto. Deve ser dada atenção sobretudo à proteção dos comedouros, bebedouros e dos eventuais ninhos. A tela utilizada pode ser de 1/2 polegada e fio 18. O piso pode ser de concreto com ligeira queda e saída para escoamento das águas. Não devemos nos esquecer dos poleiros, vasilhas de barro ou louça e da destinação de uma para que possa ser utilizada como 'banheira' pelas aves ( vide o item acima dos gaiolões, o mesmo processo se aplica aqui). Algumas pessoas decidem trocar os poleiros convencionais por arbustos ou pequenas árvores, fornecendo um visual melhor e mais naturalidade para as aves. Nestes casos devemos conhecer a flora que estamos fornecendo para nos assegurarmos que não irá dar problemas com as aves. Lembre-se sempre que as aves bicam praticamente tudo). Da mesma forma que os gaiolões os viveiros devem ser dispostos de forma a receber o sol da manhã ( tendo os já comentados anteparos ) . Podemos proteger os viveiros dos ventos por paredes, quebra-ventos, cercas vivas. Em casos de necessidade pode-se instalar um revestimento de plástico resistente e retrátil. Mas atentar que as aves podem fazer um grande estrago neste revestimento. Daí a necessidade de ser retrátil e utilizar apenas quando necessário. Da mesma forma elas podem mesmo comer parte da parede ou mesmo do concreto (!). Isto é normal e não acarretará problemas a suas aves, apenas ao seu bolso .
NOTA: Não nos devemos esquecer da higiene necessária ao ambiente em que as aves irão ficar. Devemos regularmente desinfetar gaiolas, ninhos, bebedouros, comedouros, tudo que se refere às aves. É aconselhável a limpeza utilizando produtos especialmente destinados a isto como, por exemplo, Kilol-L . Utilizar sempre os produtos que são facilmente degradáveis e que agredirão o mínimo possível suas aves. Uma intoxicação da ave por produtos químicos que normalmente usamos em casa podem ser fatais mesmo com um contato mínimo. Infelizmente isto nem sempre é adotado pelo criador. As aves acabam morrendo sem causa aparente e sem que o criador tenha a mínima noção do problema.
NOTA: Não utilizar jornais nas forragens em gaiolas. Jornais são impregnados com chumbo e já tivemos notícias de diversos criadores que tiveram suas aves mortas por esta intoxicação. Utilizar papel pardo ou rosado em seu lugar. Ou então se utilizar das serragens que normalmente são vendidas em petshops. Além de representar um risco bem menor a serragem proporciona melhor absorção da umidade e, em consequência, acaba gerando menos odores ruins ao ambiente. Procure utilizar serragens de florestas replantadas, se possível. Atualmente o custo da compra de serragem em lugar de jornais acaba saindo mais em conta do que os próprios jornais.
Apenas para finalizar : estamos falando sobre gaiolas e viveiros para calopsitas. Mas e quem tem calopsitas mansas ? Como fica a questão das gaiolas ? Bom, há diversas aproximações ao assunto. Uma delas é fornecer apenas uma gaiola como referência para ter onde colocar água, comida, ter um poleiro, lugar para dormir. Uma calopsita mansa não necessitaria, obrigatoriamente, de uma gaiola. Alguns criadores apontam que a gaiola, para estas aves, funcionaria mais como um item para que se sintam seguras caso estejam assustadas. Existem no mercado as gaiolas 'abertas' que se destinam a papagaios e calopsitas ( vide imagem acima ) . Elas podem ser uma boa opção para aves amansadas. As aves que possuo, caso fiquem fechadas em uma gaiola, acabam por ficar estressadas e por vezes tentam sair pelo vão dos arames. Isto poderia propiciar um ferimento, no mínimo. Possuo uma gaiola e as minhas calopsitas dormem EMCIMA da gaiola. Outros criadores deixam as aves presas durante o dia e as soltam quando chegam do trabalho. Tudo depende, na verdade, da rotina, dos ajustes, das necessidades e da adaptação entre o criador e sua ave. Se elas são acostumadas desde pequenas a ficar em gaiola e somente saírem quando há pessoas na casa acabam se acostumando a isso. Se são acostumadas a ficar sempre soltas forçá-las de uma hora para outra que fiquem em gaiolas pode ser algo perigoso. Leve isto em consideração quando decidir que estratégia de criação vai adotar com suas aves.
Fêmea Lutino Mansa